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sexta-feira, 25 de março de 2011

Não desperdice sua sexualidade

PENSE NISSO!!
JESUS TEM UM PROPÓSITO PARA TUDO EM NOSSAS VIDAS.

A natureza humana sem pecado de Cristo

Olhamos para os ensinos maravilhosos que ele tinha uma natureza humana real e completa. Agora nos voltaremos para a importante verdade que Cristo tinha uma natureza humana sem pecado.
Que ele não tinha pecado é ensinado mui claramente em Hebreus 4:15. Isso é ensinado também em Isaías 53:9, Lucas 1:35 e 2 Coríntios 5:21. Contudo, Hebreus 4:15 levanta a questão se Cristo era capaz de pecar, visto que foi tentado como nós em todas as coisas. Em outras palavras, a impecabilidade de Cristo significa apenas que ele não pecou, ou que ele não poderia pecar?
Alguns têm dito que as tentações de Cristo poderiam ser reais somente se fosse possível para ele pecar em sua natureza humana. Que ele não pecou é devido apenas ao fato dele ser Deus também. Em face de tal ensino, devemos enfatizar a verdade que não era possível que ele pecasse. Devemos lembrar que não é uma natureza que peca, mas uma pessoa, e Cristo é uma pessoa somente, o Filho de Deus. Como uma pessoa divina, ele não poderia pecar. Dizer que era possível que ele pecasse em sua natureza humana é dizer que Deus poderia pecar, pois pessoalmente, mesmo em nossa natureza humana, ele é o Filho eterno de Deus. Essa, cremos, é uma das verdades ensinadas em 2 Coríntios 5:21, que diz que ele não conheceu pecado, e em Hebreus 7:26, que diz que ele era “santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores”.
               Que Cristo não tinha pecado significa que ele não tinha o pecado original, o pecado que temos de Adão (Rm. 5:12). Nesse respeito, também, ele era imaculado. O nascimento virginal de Jesus e o fato que Deus era seu Pai, também o Pai de sua natureza humana, garantiu que dentre todos os descendentes de Adão, Cristo somente nasceu puro e santo.
Ele não somente não tinha o pecado original; ele também não tinha nenhum pecado real. Durante toda a sua vida, desde o tempo quando nasceu, Cristo nunca quebrou os mandamentos de Deus, nunca errou (nem infinitesimamente), e nunca falou uma palavra frívola que não glorificasse a Deus. Ele era perfeito!
Em suma, portanto, sua impecabilidade significa que ele não tinha o pecado original, nem qualquer pecado real e não tinha a possibilidade de pecar. Isso, como Hebreus nos diz, é a razão dele poder ser nosso Salvador.
Como alguém sem pecado, ele não precisava oferecer sacrifício primeiro pelos seus próprios pecados, mas foi capaz de oferecer em nosso favor um sacrifício perfeito (Hb. 7:27). Portanto, ele pôde se fazer pecado em nosso lugar, para que pudéssemos ser feitos a justiça de Deus nele (2Co. 5:21).
           A impecabilidade de Cristo, então, é a garantia que sua justiça é perfeita, e que ela é nossa. Tudo o que ele mereceu por sua morte ele não precisava para si mesmo; ele adquiriu para nós, que estávamos em tão grande necessidade.

Por Ronald Hanko

quinta-feira, 24 de março de 2011

Voltemos ao Evangelho

 Eu tenho palavras para vocês. Existem palavras que são doces como o mel, mas melhor são as palavras duras e verdadeiras do que as adulações mentirosas. Ouçam-me, pois tenho palavras para vocês.
            Ouçam-me como um jovem que, assim como vocês, possui o sopro de Deus, assim como Jó ouviu a Eliú. Ouçam-me como um apaixonado pelo Evangelho, como Estevão que se levantou para defender a verdade. E, ouçam-me como um jumento que não fala palavras de si próprio, assim como Balaão ouviu a uma mula. Porque no que posso eu gloriar-me, se o homem só pode receber algo bom se dos céus lhe for dado?
             Ouçam-me não crendo que pretendo rebelar-me, gloriar-me, exaltar-me.
Ouçam-me como quem fala desesperado, como quem fala apaixonado, como quem fala deslumbrado. Não achem em minhas palavras rancor ou ira, rebelião ou rebeldia, contenda ou disputa. Encontrem amor e comunhão, encorajamento e exortação, vida e afeição.
           Ouçam-me, pois para vocês tenho palavras. E tudo que peço é que voltemos ao Evangelho. Que não adicionemos nada a cruz de nosso Senhor e que preguemos perpetuamente seu grande amor. Pois achei um tesouro que é velho, mas que a cada dia se renova e jamais se deteriora.
Do que vale ganharmos o mundo inteiro e perdemos nossa alma? Ou ganharmos toda cidade se os de dentro não sabem se de fato salvos são? Queremos conquistar as nações, mas para quem está dentro não temos pão. Como diante de tudo o que hoje acontece poderia eu ter calma?
Os fariseus iam além mar para ganhar um discípulo e o tornar tão vil quanto eles.
Será que temos buscado o perdido para perdê-lo ou enganá-lo ou temos mostrado o caminho estreito e apertado?
Pregamos sobre tantos assuntos, mas desconhecemos a essência? Do que vale viver este evangelho moderno feito de aparência? Um evangelho vazio, água com açúcar que tem em mente promover o bem estar do homem do que a glória do Deus que precede toda existência.
Ouçam-me, pois para vocês tenho palavras. E tudo que peço é que voltemos ao Evangelho. Que não adicionemos nada a cruz de nosso Senhor e que preguemos perpetuamente seu grande amor. Pois achei um tesouro que é velho, mas que a cada dia se renova e jamais se deteriora.
            Nossos filhinhos não sabem que seus pecados foram perdoados. Nossos pais não conhecem aquele que é desde a eternidade. Nossos jovens não vencem o maligno, pois não foram transformados. E nossas ovelhas desgarradas andam pelo caminho da vaidade.

 Não sabemos compartilhar a razão de nossa esperança, pois tudo o que temos ouvido é a lei e nela não deveria repousar nossa confiança. Mas deveríamos falar sobre a bem-aventurança daquele que foi achado em Cristo e daquele que nele pôs toda segurança.
         Não precisamos de mais dez passos para alcançar a felicidade. Será que ninguém percebeu que isso até agora para ninguém se tornou realidade? Que nossa paz não se inclina sobre a nossa capacidade, mas sobre aquele que no madeiro tomou nossa maldade.
Ouçam-me, pois para vocês tenho palavras. E tudo que peço é que voltemos ao Evangelho. Que não adicionemos nada a cruz de nosso Senhor e que preguemos perpetuamente seu grande amor. Pois achei um tesouro que é velho, mas que a cada dia se renova e jamais se deteriora.
        Reduzimos o Evangelho a simples 4 Leis e dele tiramos toda beleza, como se pudesse partir para coisas de maiores realezas. Mas assim não seja! Pois o evangelho que temos pregado hoje em dia só tem trazido incertezas e o Evangelho de Cristo é e sempre será a nossa fortaleza.
Tudo o que tenho ouvido é como viver uma vida de vitória. Nosso evangelho centrado no homem esqueceu-se de doutrinas tanto pregadas pela história. Não pregamos mais a Trindade, a Justificação pela fé, a Salvação pela graça, a Regeneração pelo Espírito e que a Deus pertence toda a glória.
       Por isso eu não só peço, mas suplico que voltemos à simplicidade da cruz. Que preguemos o Verbo Encarnado, rejeitado pelas trevas por ser a Luz. Jamais devemos esquecer que o caminho, a verdade e a vida é Cristo Jesus. E foi por este motivo que este texto eu compus.
Ouçam-me, pois para vocês tenho palavras. E tudo que peço é que voltemos ao Evangelho. Que não adicionemos nada a cruz de nosso Senhor e que preguemos perpetuamente seu grande amor. Pois achei um tesouro que é velho, mas que a cada dia se renova e jamais se deteriora.
 Por Blair Wingo

quinta-feira, 17 de março de 2011

O QUE É UM CRISTÃO?

O que significa ser um cristão? Charles Hodge, um dos grandes teólogos reformados do século XIX, achou a resposta neste texto: “É ser constrangido por um senso do amor de nosso divino Senhor, de tal modo que Lhe consagramos nossa vida”.
Ser um cristão não significa apenas crer, de coração, que Cristo morreu por nós. Significa “ser constrangido” pelo amor demonstrado nesse ato. A verdade nos pressiona. Ela força e se apropria; impele e controla. A verdade nos cerca, não nos deixando fugir. Ela nos prende em gozo.
Como a verdade faz isso? Paulo disse que o amor de Cristo o constrangia por causa de um julgamento que ele fazia a respeito da morte: “Julgando nós isto: um morreu por todos; logo, todos morreram”. Paulo se tornou cristão não somente por meio da decisão com base no fato de que Cristo morreu pelos pecadores, mas também por meio do sábio discernimento de que a morte de Cristo foi também a morte de todos aqueles em favor dos quais Ele morreu.
Em outras palavras, tornar-se um cristão é chegar a crer não somente que Cristo morreu por seu povo, mas também que todo o seu povo morreu quando Ele morreu. Tornar-se um cristão é, primeiramente, fazer esta pergunta: estou convencido de que Cristo morreu por mim e de que eu morri nEle? Estou pronto a morrer, a fim de viver no poder do amor dEle e para a demonstração da sua glória. Em segundo lugar, tornar-se um cristão significa responder sim, de coração.
O amor de Cristo nos constrange a responder sim. Sentimos tanto amor fluindo da morte de Cristo para nós, que descobrimos nossa morte na morte dEle — nossa morte para todas as lealdades rivais. Somos tão dominados (“constrangidos”) pelo amor de Cristo, que o mundo desaparece, como que diante de olhos mortos. O futuro abre um amplo campo de amor.
Um cristão é uma pessoa que vive sob o constrangimento do amor de Cristo. O cristianismo não é meramente crer num conjunto de doutrinas a respeito do amor de Cristo. É uma experiência de ser constrangido por esse amor — passado, presente, futuro.
Entretanto, esse constrangimento surge de um juízo que fazemos sobre a morte de Cristo: “Quando Ele morreu, eu morri”. É um julgamento profundo. “Assim como o pecado de Adão foi, legal e eficazmente, o pecado de toda a raça, assim também a morte de Cristo foi, legal e eficazmente, a morte de seu povo.” Visto que nossa morte já aconteceu, não temos mais condenação (Rm 8.1-3). Isto é a essência do amor de Cristo por nós. Por meio de sua morte imerecida, Cristo morreu nossa morte bem merecida e abriu o seu futuro como o nosso futuro.
Portanto, o juízo que fazemos sobre a sua morte resulta em sermos constrangidos pelo amor dEle. Veja como Charles Hodge expressou isso: “Um cristão é alguém que reconhece a Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, como Deus manifestado em carne, que nos amou e morreu por nossa redenção. É também uma pessoa afetada por um senso do amor deste Deus encarnado, a ponto de ser constrangida a fazer da vontade de Cristo a norma de sua obediência e da glória de Cristo o grande alvo em favor do qual ela vive”.
Como não viver por Aquele que morreu nossa morte, para que vivamos por sua vida? Ser um cristão é ser constrangido pelo amor de Cristo.
Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL

domingo, 13 de março de 2011

Graça para Ajudar em Tempo Apropriado

Você observou que esta tradução é um pouco diferente de outras? A tradução habitual da última sentença é: “Acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”. E, “graça para ajudar em tempo apropriado” é também uma tradução literal e exata. Não existe contradição entre essas duas traduções. Porém, algumas traduções chamam a atenção à nossa necessidade; nesta, literal, ao tempo de Deus.
Acho que precisamos focalizar na graça do tempo de Deus. Quando temos uma necessidade, nos sentimos bastante inquietos a respeito de quando Deus satisfará tal necessidade. Queremos que Ele o faça agora! Não é natural pensarmos que a graça de Deus será mostrada tanto em seu tempo como em sua forma. Mas Hebreus 4.16 lembra-nos a buscarmos a Deus não somente quanto ao tipo de graça de que necessitamos, mas também quanto ao tempo dessa graça.
Isto pode mudar nossa atitude na oração. O tempo de Deus é freqüentemente estranho, e isso não deveria surpreender-nos, visto que, “para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (2 Pe 3.8). Deus pode compactar mil anos de impacto em um dia e levar mil anos para fazer a obra de um dia. No primeiro caso, Ele não fica sobrecarregado, e, no segundo, não se mostra apressado. Como disse o apóstolo Pedro: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada” (2 Pe 3.9).
Portanto, não nos surpreendamos com o fato de que “ajudar em tempo apropriado” seja na perspectiva de Deus algo diferente do que o é na nossa perspectiva, mas a dEle é sempre melhor. É sempre graça para nós. É uma graça que deve sempre receber nossa confiança pelo que ela é e pelo tempo em que nos será dada.
Eu preciso de ajuda. Sempre. Em tudo. Estou simplesmente enganando a mim mesmo, se penso que posso mover-me por alguns centímetros sem a ajuda de Deus. “Pois ele mesmo é quem a todos dá vida, respiração e tudo mais” (At 17.25). Preciso da ajuda de Deus para o bem de minha fé, a qual é fraca. Preciso dela para estimular o meu zelo e para dar-me poder para evangelizar. Preciso desta ajuda para a adoração autêntica. Preciso dela para ter coragem no viver santo. Preciso da ajuda de Deus para a transformação de meus filhos adolescentes em jovens humildes, respeitáveis e centralizados em Deus. Preciso dela para que eu possa ministrar esperança, gozo e ousadia aos nossos missionários e para receber orientação quanto a planejar o futuro. Preciso da ajuda de Deus para milhares de outras exigências, ênfases e agradáveis possibilidades.
Gosto muito de pensar na soberania de Deus em administrar seu tempo. Por exemplo, Daniel afirmou que o Senhor “muda o tempo e as estações” (Dn 2.21). Isto significa que as épocas de bênçãos modestas ou imensas em nossa vida, nosso lar e nossa igreja estão nas mãos de Deus. Ele geralmente determina o tempo de nossas bênçãos, de modo que a sua sabedoria, e não a nossa, seja ressaltada. Deus está mais interessado na paciência da fé do que em nossa satisfação instantânea. O tempo de Deus pagará os seus dividendos, além do que podemos imaginar. Sempre é “graça para ajudar em tempo apropriado”. O tempo e o conteúdo da bênção são graciosos. A fé descansa nos aspectos e no momento da graça de Deus.
Por isso, este convite de Hebreus 4.16 é muito precioso para mim. Preciso de ajuda, mas, não a mereço. No entanto, Deus provê ajuda, porque seu trono é um trono de graça e ajuda imerecida. Em todas estas necessidades, o Senhor tem “graça para ajudar em tempo apropriado”. Nosso dever consiste em aproximar-nos dEle com ousadia, achar e receber essa ajuda do trono da graça. Temos razão para crer que Ele nos ouvirá e nos ajudará no tempo apropriado.
Portanto, cheguemos confiantemente junto ao trono da graça e recebamos o que Deus tem para nós — uma graça soberanamente designada e controlada quanto ao tempo para o nosso maior bem.

Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL

 

sábado, 12 de março de 2011

DEVOCIONAL- Uma Razão Constrangedora para o Treinamento Rigoroso da Mente

por John Piper
Recentemente, enquanto lia e meditava sobre a carta aos Hebreus, ocorreu-me, vigorosamente, que uma razão básica e constrangedora para a educação — o treinamento rigoroso da mente — é que uma pessoa pode ler a Bíblia com entendimento.
Esta afirmativa parece óbvia demais para ser útil ou compelidora, mas isto é porque vemos a preciosidade da leitura como algo garantido. Erramos em não apreciar o tipo de pensamento que uma passagem bíblica complexa exige.
A carta aos Hebreus, por exemplo, é um argumento intelectualmente desafiador, fundamentado em textos do Antigo Testamento. As questões que o autor aborda estão ligadas a observações bíblicas que percebemos tão-somente por uma leitura rigorosa, e não por uma leitura rápida e superficial. Entender as interpretações do Antigo Testamento no texto de Hebreus exige esforço mental e meditação árdua. O mesmo poderia ser dito sobre os extensivos argumentos de Romanos, Gálatas e outros livros da Bíblia.
Este é um argumento convincente para darmos aos nossos filhos um treinamento disciplinado e inflexível a respeito de como pensar os pensamentos de um autor, em determinado texto — especialmente, um texto da Bíblia. Temos de aprender o alfabeto, o vocabulário, a gramática, a sintaxe, os rudimentos da lógica e a maneira como o significado é transmitido por meio da conexão de sentenças e parágrafos.
A razão por que os crentes sempre têm estabelecido escolas onde implantam igrejas é que somos um povo dado à leitura de um livro. É verdade que o livro não terá seus efeitos apropriados sem a oração e o Espírito Santo. A Bíblia não é um livro-texto a ser debatido. É uma fonte que satisfaz a sede espiritual e a fome da alma. É uma revelação de Deus, um poder vivificante, uma espada de dois gumes. Nada disso, porém, muda o fato de que, sem a disciplina da leitura, a Bíblia é tão incapaz como o papel. Talvez alguém tenha de ler a Bíblia para você, mas, o fato é que sem a sua leitura, o seu poder e significado permanecem trancados.
Não é notável que muitas vezes Jesus esclareceu grandes assuntos com uma referência à leitura? Por exemplo, quanto ao assunto do sábado, Ele disse: “Não lestes o que fez Davi…? (Mt 12.3) No que concerne ao divórcio e ao novo casamento, Jesus disse: “Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher…?” (Mt 19.4) Sobre a verdadeira adoração e louvor, Ele disse: “Nunca lestes: Da boca de pequeninos e crianças de peito tiraste perfeito louvor?” (Mt 21.16) Quanto à ressurreição, Jesus disse: “Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular?” (Mt 21.42) Ao intérprete da Lei que provou a Jesus inquirindo-O sobre a vida eterna, Ele disse: “Que está escrito na Lei? Como interpretas?” (Lc 10.26)
O apóstolo Paulo também deu à leitura um importante lugar na vida da igreja. Por exemplo, ele disse aos crentes de Corinto: “Porque nenhuma outra coisa vos escrevemos, além das que ledes e bem compreendeis; e espero que o compreendereis de todo” (2 Co 1.13). À igreja de Éfeso, ele disse: “Pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo” (Ef 3.4). À igreja de Colossos, Paulo disse: “E, uma vez lida esta epístola perante vós, providenciai por que seja também lida na igreja dos laodicenses; e a dos de Laodicéia, lede-a igualmente perante vós” (Cl 4.16). Ler as cartas do apóstolo Paulo era tão importante, que ele o ordenou com uma imprecação: “Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta epístola seja lida a todos os irmãos” (1 Ts 5.27).
A habilidade de ler não é intuitiva. Tem de ser ensinada. E aprender a ler com entendimento é uma tarefa vitalícia. As implicações para os crentes são imensas. A educação da mente na rigorosa disciplina de leitura meditativa é um dos primeiros objetivos da educação. A igreja de Jesus fica debilitada, quando seu povo é seduzido a pensar que é humilde, ou democrático, ou relevante oferecer uma educação prática que não envolve o treinamento rigoroso da mente, para que esta pense com dedicação e interprete o significado de textos difíceis. O assunto de ganhar a vida não é tão importante quanto o de a próxima geração ter acesso direto ao significado da Palavra de Deus.
Precisamos de uma educação que dê o mais elevado valor (depois de o dar ao próprio Deus) ao conhecimento do significado do Livro de Deus e ao desenvolvimento das habilidades que nos trarão as suas riquezas por toda a vida. Seria melhor morrer por falta de alimento do que não assimilar o significado da carta aos Romanos. Senhor, não permita que falhemos para com a próxima geração!
Extraído do livro: Uma Vida Voltada para Deus, de John Piper.
Copyright: © Editora FIEL

quinta-feira, 3 de março de 2011

DEUS É IMUTÁVEL

A palavra imutável vem do Latin immutabilis [in ou im, não + mutabilis, mutável ou alteração]. Outras palavras como inalterável, constante, e fiel são também proveitosos para a compreensão desse atributo divino. A imutabilidade de Deus significa que Ele nunca muda em Seus atributos ou conselhos. Deus não cresce, evolui, ou desenvolve porque Ele já é perfeito. Ele não pode reduzir, deteriorar, ou regredir porque sendo assim Ele não seria mais Deus. O que Deus é, Ele sempre tem sido, e sempre será. Ele não muda Sua mente, ou sobrepõe um decreto sobre o outro. Ele não faz uma promessa e depois muda Seu voto. Ele não ameaça e depois deixa de cumprir. Isso é especialmente confortante, já que a possibilidade do Deus Todo-Poderoso repentinamente se tornar mal ou de súbito mudar Sua mente é completamente terrível. A imutabilidade de Deus é um dos mais importantes atributos porque Ele nos garante que Ele e Sua Palavra serão os mesmos ontem, hoje e para sempre. Ele é o único constante no Universo, o único Ser Digno de absoluta confiança.
1. Nas Escrituras, um nome tem um grande significado, normalmente revelando algo sobre a pessoa que o carrega. Quais são os nome dados a Deus nos seguintes versículos e o que Ele nos ensinam sobre Sua imutabilidade?
a. EU SOU O QUE SOU (Êxodo 3:14). O nome é derivado do verbo hebraico hayah, que significa Ser ou Existir. Aponta não somente para a eterna natureza de Deus e auto-existência, mas também para Sua imutabilidade. Ele não apenas sempre é, mas sempre é o mesmo.
b. A ROCHA (Deuteronômio 32:4). Esse nome precisa de um pequeno esclarecimento. Dentro da criação há poucas coisas mais permanentes ou imutáveis do que as pedra e rochas, e as montanhas que elas formam. É um conforto saber que até mesmo essa metáfora é inadequada. Quando todas as rochas dessa terra virarem pó, Deus permanecerá inalterado.

Nota: Em I Samuel 15:29, as Escrituras declaram que Deus “não é homem, para que se arrependa”. Por essa passagem e por outras, está claro que a imutabilidade de Deus se estende até mesmo ao Seu conselho e vontade. Ele é perfeito em sabedoria e portanto não erra no que Ele decreta; Ele é Todo-Poderoso e conseqüentemente é capaz de fazer tudo o que Ele decidiu. Mas como nós reconciliamos esse ensinamento com outros versículos quem parecem ensinar o contrário? Em Gênesis 6:6, Deus “se arrependeu de ter feito o homem.” Em Êxodo 32:9-14, o Senhor “se arrependeu” a respeito de destruir a nação desobediente de Israel. Finalmente, em Jonas 3:10, Deus ”se abrandou” concernente à calamidade que Ele tinha declarado que traria à cidade de Nínive. As Escrituras se contradizem? Deus de fato muda Sua decisão? A resposta não é tão complexa ou misteriosa como alguns podem pensar.
As Escrituras claramente ensinam que as perfeições de Deus, propósitos, e as promessas são sempre as mesmas. Mas isso não significa que Seu relacionamento e disposição ante Sua “sempre inconstante” criação, não possa variar. Gênesis 6:6 simplesmente se refere à Santa resposta de Deus ao pecado do homem e Sua determinação de apagar o homem da face da terra – v.7 (o mesmo em I Samuel 15:11,26). Em Êxodo 32:9-14, Deus “se arrependeu” em relação à destruição de Israel como uma resposta graciosa à oração de Moisés (uma oração que Deus conduziu e capacitou poderosamente Moisés para fazê-la). Em Jonas 3:4-10, Deus simplesmente “se abrandou” em relação à destruição de Nínive quando Nínive “comoveu-se” com seu pecado. Essas passagens são lembretes para nós que a imutabilidade de Deus não significa imobilidade. Ele não muda, mas Ele não é estático, apático, e não-envolvido com Sua criação. Ele é dinâmico e interage com Sua Criação. Ele sempre é o mesmo, mas Seu relacionamento e comportamento com homens mutáveis irão variar de acordo com a resposta deles à Ele (Jeremias 18:7-10; Ezequiel 18:21-24). Isso não é uma contradição à Sua imutabilidade, mas é a prova dela. Ele sempre irá responder às ações humanas de uma maneira consistente com Seus inalteráveis atributos.

Copyright © 2004- Por: Paul David Washer, Sociedade Missionária HeartCry. Website: heartcrymissionary.com
Publicado por: Granted Ministries Press, uma divisão de Granted Ministries.
Tradução: Voltemos ao Evangelho.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.

terça-feira, 1 de março de 2011

DEUS É AUTO-EXISTENTE

Uma das mais verdades sobre Deus que mais gera temor e humildade é que Ele é absolutamente livre de qualquer necessidade ou dependência. Sua existência, a plenitude de Sua vontade, e Sua felicidade ou beneplácito não dependem de ninguém ou de nada fora de Dele mesmo. Ele é o único ser que é verdadeiramente auto-existente, auto-sustentador, auto-suficiente, independente, e livre. Todos os outros seres derivam suas vidas e felicidade de Deus, mas tudo que é necessário para a Existência de Deus e perfeita felicidade é encontrada Nele mesmo. Deus não possui falta ou necessidade, e não é dependente de ninguém. Ensinar ou mesmo sugerir que Deus fez o homem porque Ele estava solitário ou incompleto é absurdo e até mesmo blasfemo.
A Criação não é o resultado de alguma falta em Deus, mas o resultado de Sua plenitude ou do transbordar de Sua abundância. Ensinar que Deus de alguma forma precisa da nossa ajuda para fazer as coisas funcionarem corretamente no mundo é igualmente absurdo e blasfemo. Ele não criou porque tinha uma necessidade, mas porque Ele desejou fazer conhecida a superabundância de Suas perfeições, glória e bondade.
1. Nas Escrituras, um nome tem um grande significado, por isso frequentemente revela algo sobre uma pessoa ou sobre seu caráter. Qual o nome que Deus atribuiu a Si mesmo em Êxodo 3:14? O que ele nos comunica sobre Sua auto-suficiência?
a. EU SOU O QUE SOU (Êxodo 3:14). O nome demonstra que a Existência de Deus não foi causada, nem que ela depende de algo ou alguém fora Dele mesmo. É a natureza de Deus existir e, portanto Ele simplesmente é – sem esforço. Deus não tem nenhuma necessidade que precisa ser encontrada, nenhum vazio que deve ser preenchido, e nenhum propósito que precisa da ajuda de outros. Em I Coríntios 15:10, o apóstolo Paulo declara aquilo que é verdade para todo homem, “ Pela de Graça de Deus eu sou o que sou.” Somente Deus é capaz de declarar, “EU SOU O QUE SOU pela virtude de minhas próprias perfeições e poder.”

Copyright © 2004- Por: Paul David Washer, Sociedade Missionária HeartCry. Website: heartcrymissionary.com
Publicado por: Granted Ministries Press, uma divisão de Granted Ministries.
Tradução: Voltemos ao Evangelho.
Permissões: Você está autorizado e incentivado a reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, desde que adicione as informações supracitadas, não altere o conteúdo original e não o utilize para fins comerciais.