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domingo, 31 de julho de 2011

A sensualidade e seus efeitos


                Antes de falarmos de alguns efeitos da sensualidade, é necessário deixar claro que estamos lidando não apenas no nível do comportamento humano, mas com uma entidade demoníaca. Oséias  personaliza a sensualidade: “o espírito de sensualidade os engana.” Trata-se de um espírito, ou seja, um ser, uma entidade espiritual com uma personalidade definida.
A sensualidade como idolatria
                Oséias revela a sensualidade como um ídolo. Quando uma pessoa confia espiritualmente num ídolo, há uma troa de identidade da pessoa. Para a pessoa aquele ídolo fala, anda, ouve, etc., enquanto ela se torna embrutecida e insensível como tal (Sl 135:18). Isto é proveniente de um encatamento espiritual: “O meu povo consulta a madeira, e a sua vara lhe responde, porque o espírito de sensualidade os engana e eles se corrompem..”
                A sensualidade é definitivamente concebida como pecado qudno um sentimento se torna um ídolo. Ídolo é tudo aquilo que ocupa o lugar que só Deus pode ocupar nas nossas vidas.
                Os sentimentos são por essência a área mais vunerável do ser humano. Aqui o ser humano é facilemente golpeado e noucateado. A vida espiritual de muitos começa a ir para a lona a apartir de uma derrota na área sentimental. Este é o ponto onde somos mais susceptíveis ao engano e a idolatria. Quando temos um determinado sentimento podemos ser levados a extremos críticos. É aqui que se aplica a grave advertência de Jeremias: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?” Jr:17:9
                Portanto, a raiz da idolatria está nos sentimentos e desejos. Muitas vezes, somos indulgentes em dar aos nossos sentimentos um lugar perigoso de autoridade. Com isto, a voz dos sentimentos tem uma forte tendência de se tornar estridentemente mais alta do que a orientação de Deus, passando a ditar o comportamento da pessoa, anestesiando a consciência, inibindo o discernimento (intuição) e comprometendo a capacidade espirirual de desenvolver relacionamentos saudáveis.
Autor: Marcos de Souza Borges
Livro: A face oculta do amor (espírito de sensualidade)
               

sábado, 30 de julho de 2011

Santificação: obra humana ou divina?

De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor; Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade. (Filipenses 2.12-13)
Jonathan Edwards escreve,
Na graça eficaz nós não somos meramente passivos, nem ainda Deus faz uma parte e nós o resto. Mas é Deus quem faz tudo, e nós fazemos tudo. Deus produz tudo, nós agimos tudo. Para isso é o que produz, a saber, nossos próprios atos. Deus é o único autor e fonte adequada; nós somos somente os atores desta fonte. Nós somos em diferentes aspectos, totalmente passivos e totalmente ativos.
(As Obras de Jonathan Edwards)
John Piper escreve,
…. é uma boa luta, porque  não estamos abandonados à nossa própria força na luta. Se estivéssemos, como Martinho Lutero diz, “Nosso esforço estaria perdendo” em outras palavras, quando uma criança de Deus luta para se alegrar em Deus, é o próprio Deus que está por detrás desta luta (esforço), dando a vontade e a força para derrotar o inimigo desta alegria (Filipenses 2:12-13) nós não somos deixados a nossa própria força para sustentar a alegria da fé. Deus luta por nós e em nós (dentro de nós). Portanto, a luta da fé é uma boa luta.
O trabalho de Deus em nós não elimina o nosso trabalho; ele o permite. Nós trabalhamos por que Ele é quem trabalha em nós. Portanto, o trabalho pela alegria é possível por que Deus está lutando por nós e através de nós. Todos os nossos esforços são devido ao Seu profundo trabalho dentro e através de nossa disposição e trabalho.
(Quando eu não desejo Deus)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

PERSEVERE NA ORAÇÃO

Esta passagem nos dá cinco diretrizes para a oração, as quais precisamos ouvir.
Primeira: “Perseverai na oração”.
Existe muito poder a ser desfrutado em perseverarmos na oração. Não esqueçam o amigo inoportuno de Lucas 11.8: “Digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos por ser seu amigo, todavia, o fará por causa da importunação e lhe dará tudo o de que tiver necessidade”; e não esqueçam a parábola que Jesus contou “sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer”. A perseverança é o grande teste de genuinidade da vida cristã. Louvo a Deus pelos crentes que têm perseverado em oração durante sessenta, setenta ou oitenta anos! Oh! que sejamos um povo de oração e que este ano — e todos os nossos anos — seja saturado com orações ao Senhor de todo o poder e de todo o bem. Será bom dizermos no final da vida: “Completei a carreira, guardei a fé”, por meio da oração.
Segunda: “Vigiai na oração”.
Isto significa: “Esteja alerta!” Esteja mentalmente desperto. Talvez o apóstolo Paulo tenha aprendido isto do que aconteceu no Getsêmani. Jesus pediu aos discípulos que orassem, mas os encontrou dormindo. Ele disse a Pedro: “Não pudeste vigiar nem uma hora? Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mc 14.37,38).
Precisamos estar em vigilância enquanto oramos — em vigilância contra as vagueações de nossa mente, contra as vãs repetições, contra expressões vulgares e sem sentido, contra desejos restritos e egoístas. Também devemos vigiar por aquilo que é bom. Devemos estar especialmente alerta quanto à orientação de Deus, nas Escrituras, para as nossas súplicas. É Deus quem opera em nós a vontade de orar, mas sempre experimentamos esta capacitação divina como nossa própria atitude e resolução.
Terceira: Seja agradecido em todas as orações.
São admiráveis os relatos do que Deus tem feito na vida de muitos crentes, por meio da oração. Tais relatos me têm estimulado a persistir em oração com ações de graças. Compartilhe com os outros estas coisas boas.
Quarta: Peça que se abra uma porta à pregação da Palavra, na sua vida.
Em dois sentidos:
1. Que, semana após semana, haja corações abertos e receptivos em sua igreja;
2. Que seus vizinhos se mostrem receptivos ao evangelho, enquanto você o anuncia. “Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia” (At 16.14). Isto é o que desejamos aconteça nos domingos e durante a semana.
Quinta: Ore pelos pregadores de nossa pátria, para que eles apresentem com clareza o mistério de Cristo.
“Grande é o mistério da piedade” (1 Tm 3.16). Oh! que chamada para o proclamarmos! Eu amo o ministério de pregador! Embora, não esteja a altura dele. Eu e todos os pregadores, pastores, necessitamos de oração — para que entendamos o mistério de Cristo, escolhamos os textos necessários, preguemos no poder do Espírito Santo, falemos a verdade em amor. Sem Cristo, nada podemos fazer.
Extraído do livro:
Penetrado pela Palavra, de John Piper
Copyright: © Editora FIEL 2009.
O leitor tem permissão para divulgar e distribuir esse texto, desde que não altere seu formato, conteúdo e / ou tradução e que informe os créditos tanto de autoria, como de tradução e copyright. Em caso de dúvidas, faça contato com a Editora Fiel.

terça-feira, 5 de julho de 2011

A SENSUALIDADE E A SOCIEDADE


       A maior crise em questão na atualidade não é econômica, social ou política, é moral. Não está fora das pessoas, está dentro delas. Não está baseada na falta de recursos, mas na inconsistência de caráter. Não  está entrincheirada para inexistência de soluções, mas pela falta de objetividade em relação ao propósito de Deus para a vida. Não é também algo meramente natural que pode ser resolvido por planos e estratégias humanas, é muito mais espiritual que podemos imaginar.
            O homem não é meramente um ser carnal. Apesar de morar num corpo físico, o homem é essencialmente espiritual e por isto está tão relacionado com o mundo espiritual quanto com o mundo físico. Não é suficiente conhecermos apenas as leis físicas que governam a natureza. Se não entendermos os princípios morais que estão sendo quebrados, se não discernirmos o mundo espiritual ignorando os ardis do diabo, vamos continuar fracassando em ajudar nosso mundo.
            Este tipo de crise causada pela pulverização da sensualidade está na raiz dos principais males confrontados pela sociedade. Infelizmente, pouco se tem feito para cortar esta raiz; na verdade, muitos  a têm nutrido sem sabe que esta é a causa e não um efeito supérfluo doa mais graves problemas que estão na pauta dos sociólogos e psicólogos.
            O respeito interpessoal, a cidadania, a família, os governos, etc., tem estado radicalmente comprometidos e amaldiçoados pela crise moral que a fermentação do espírito de sensualidade acarreta.

Autor: Marcos de Souza Borges
Livro: A face oculta do amor (o espírito de sensualidade)