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quinta-feira, 20 de junho de 2013

A necessidade de uma mulher ou lei dos homens?



                 Os líderes religiosos da época de Jesus tentaram repetidas vezes criar situações que o levassem a violar a Lei judaica. Um desses testes envolveu a cura no sábado.
                Jesus estava ensinado numa sinagoga quando seu olhar voltou para uma mulher encurvada. Ela era afligida por um espírito maligno havia dezoito anos e não conseguia andar ereta. Jesus sabia que seus inimigos condenaria sua cura no sábado, qualificando-o como um “trabalho” ilegal, mas também sabia que Deus se importava muito mais com as pessoas do que com as interpretações que alguns faziam de suas leis. Jesus considerou a situação – a necessidade de uma mulher versus as leis dos homens. Não havia dúvida. “Mulher”, disse ele, “você está livre da sua doença.”
                Era hora de abordar as críticas do “indignado” líder da sinagoga.
                Jesus reconheceu que Deus havia ordenado a seu povo que trabalhasse seis dias e descansasse no sábado. Mas, ao usar o termo “descansar”, será que o Senhor realmente quis dizer que seu povo deveria ignorar as necessidades das pessoas ao redor? Cristo respondeu com toda a clareza por meio de uma pergunta: “Cada um de vocês não desamarra no sábado o seu boi e jumento do estábulo e o leva dali para dar-lhe água?" (Mt. 13:15). O líder da sinagoga não pode dizer nada para retrucar, pois sua resposta retórica: “Então,  esta mulher, uma filha de Abraão a quem Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado ser libertada daquilo que a prendia?” (13:16)
               Os líderes eram tão legalistas, de visão tão limitada quanto a observância da lei de Deus e dos próprios acréscimos a ela que deram as costas ao amor e à misericórdia que existiam no cerne dos mandamentos originais. Era uma falácia comum na época de Jesus  - uma na qual muitos caem também em nossos dias.

Fonte: Comentários da Bíblia do homem

sábado, 18 de maio de 2013

Pregando Cristo em todos os textos

Por fim, considere o que Spurgeon disse sobre pregar a Cristo em todos os textos:

Um jovem tinha pregado na presença de um respeitável teólogo, e ao final foi até o velho ministro e disse: “O que você achou do meu sermão?”.
Em cada texto da Escritura há uma estrada para Cristo. (Spurgeon)
“Um sermão muito pobre de fato”, ele disse.

“Um sermão pobre?”, disse o jovem, “ele me custou um longo tempo de estudo”.

“Sim, disso eu não duvido”.

“Por que você não acha que minha explanação do texto é muito boa?”.

“Oh, sim,” disse o velho pregador, “é muito boa de fato”…

“Diga-me porque você o considera um sermão pobre?”

“Porque,” disse ele, “não há Cristo nele”.

“Bem”, disse o jovem, “Cristo não estava no texto; nós não devemos pregar Cristo sempre, nós devemos pregar o que está no texto”.

Então o idoso disse: “Você não sabe, rapaz, que de cada cidade, cada vila ou vilarejo na Inglaterra, onde quer que esteja, há uma estrada para Londres? … Da mesma forma em cada texto da Escritura, há uma estrada… para Cristo. E meu caro irmão, seu trabalho é, quando chegar a um texto, dizer: ‘Então, qual é a estrada para Cristo?’ e então pregar o sermão, percorrendo a estrada até… Cristo. E… eu nunca encontrei um texto que não possuísse uma estrada para Cristo, e ainda que eu ache um que não tenha uma estrada para Cristo, eu faria uma; eu passaria por cima de cercas e valas, mas eu chegaria a meu Mestre, pois um sermão não pode fazer nada de bom a menos que tenha o perfume de Cristo nele."