Os líderes religiosos da época de Jesus tentaram
repetidas vezes criar situações que o levassem a violar a Lei judaica. Um
desses testes envolveu a cura no sábado.
Jesus
estava ensinado numa sinagoga quando seu olhar voltou para uma mulher
encurvada. Ela era afligida por um espírito maligno havia dezoito anos e não
conseguia andar ereta. Jesus sabia que seus inimigos condenaria sua cura no
sábado, qualificando-o como um “trabalho” ilegal, mas também sabia que Deus se
importava muito mais com as pessoas do que com as interpretações que alguns
faziam de suas leis. Jesus considerou a situação – a necessidade de uma mulher
versus as leis dos homens. Não havia dúvida. “Mulher”, disse ele, “você está
livre da sua doença.”
Era
hora de abordar as críticas do “indignado” líder da sinagoga.
Jesus
reconheceu que Deus havia ordenado a seu povo que trabalhasse seis dias e
descansasse no sábado. Mas, ao usar o termo “descansar”, será que o Senhor
realmente quis dizer que seu povo deveria ignorar as necessidades das pessoas
ao redor? Cristo respondeu com toda a clareza por meio de uma pergunta: “Cada
um de vocês não desamarra no sábado o seu boi e jumento do estábulo e o leva
dali para dar-lhe água?" (Mt. 13:15). O líder da sinagoga não pode dizer nada
para retrucar, pois sua resposta retórica: “Então, esta mulher, uma filha de Abraão a quem
Satanás mantinha presa por dezoito longos anos, não deveria no dia de sábado
ser libertada daquilo que a prendia?” (13:16)
Os
líderes eram tão legalistas, de visão tão limitada quanto a observância da lei
de Deus e dos próprios acréscimos a ela que deram as costas ao amor e à
misericórdia que existiam no cerne dos mandamentos originais. Era uma falácia
comum na época de Jesus - uma na qual
muitos caem também em nossos dias.
Fonte: Comentários da Bíblia do homem
Nenhum comentário:
Postar um comentário