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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

DESPERTAR



       GRANDE NÚMERO DE PESSOAS não tem nenhuma preocupação acerca das coisas eternas. Eles se preocupam mais com seus gatos e cachorros do que com suas próprias almas. É uma grande misericórdia que nós tenhamos sido levados a pensar sobre nós mesmos, e como estamos diante de Deus e do mundo eterno. Esse é um sinal frequentemente suficiente que a salvação é vinda a nós. Por natureza nós não gostamos da ansiedade que a preocupação espiritual nos causa, e tentamos, como preguiçosos, dormir de novo. Isso é grande tolice; pois é por nossa própria conta e risco que negligenciamos quando a morte está tão perto, e o julgamento tão certo. Se o Senhor nos escolheu para a vida eterna, Ele não nos deixará retornar à nossa soneca. Se formos sensíveis, devemos orar para que a ansiedade sobre nossas almas nunca termine até que estejamos realmente salvos.    Digamos com nosso coração:

Aquele que sofreu em meu lugar,

  Deve ser o meu médico; Eu não estarei consolado,

 Até que Jesus me console.” 

        Seria algo terrível ir sonhando para o inferno, e lá abrir os olhos e ver um enorme abismo colocado entre nós e os céus. Será igualmente terrível ser acordado para escapar da ira vindoura, e então sacudir a influência da advertência, e voltar à insensibilidade. Eu noto que aqueles que subjugam suas convicções e continuam em seus pecados não são tão facilmente sensibilizados da próxima vez: cada despertar que passa deixa a alma mais sonolenta que antes, e menos apta a ser novamente sacudida com sentimentos santos. Por isso nosso coração deveria ser grandemente conturbado com o pensamento de se livrar deste problema de outra forma que não no caminho certo. Alguém que teve gota foi curado da mesma por um medicamento charlatão, que trouxe uma doença interior e o paciente morreu. Ser curado da aflição da mente por uma falsa esperança seria um péssimo negócio: o remédio seria pior que a doença. Muito melhor que nossa fragilidade de consciência nos cause longos anos de angústia, que a percamos, e  pereçamos na dureza dos nossos corações.
(Charles Spurgeon)

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